Do trago travoso que trazes
Debaixo d’adega de tua axila,
Só te resta a embriagada tristeza
E míseras gotas da tua agonia.
A Indiferença é quem te ouve
Com uma atenciosa distância.
O Abandono é quem te abriga
Sob o teto da Desesperança.
Da desgraça eterna que te cerca
Ao menos uma não te imputarão:
Quase nunca te verás sozinha
Na companhia terna da Solidão.