quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um Trago de Solidão

Do trago travoso que trazes
Debaixo d’adega de tua axila,
Só te resta a embriagada tristeza
E míseras gotas da tua agonia.

A Indiferença é quem te ouve
Com uma atenciosa distância.
O Abandono é quem te abriga
Sob o teto da Desesperança.

Da desgraça eterna que te cerca
Ao menos uma não te imputarão:
Quase nunca te verás sozinha
Na companhia terna da Solidão.

5 comentários:

Unknown disse...

Quando vi que tinha postado eu corri para ler.As palavras me pegaram desprevenida. Acabei de sair de um ensaio que o tema era esse. Que bela e coincidente surpresa!

Tempo Temporã disse...

Solidão a dois... será este o pior tipo de solidão?
Ou na multidão, ou na escuridão dos próprios desenganos...

Malthus disse...

Como diria Obama: "That's my man". Parabéns, velho. Poemasso!

Juliana Rivas disse...

Heberrr! Adorei o poema!! Acho que eh a primeira vez que li seu blog! Voce nunca mostrou este seu lado tao poeta na faculdade heheheh. bjosss e saudades.

Paulo Gustavo disse...

Muito bom poema.
Seu admirador e amigo,
Paulo Gustavo