domingo, 30 de dezembro de 2007

Terça

Terça

Marte e morte era meu terço:
Um terço vida, um terço cinza, um terço aperto
No torso anseio noturno o dia inteiro.

Mas de amar-te teci certo temor à morte
E de escalar-te fiz calar-me nos teus olhos
Amortecido o peito torto ao ver descanso.

Do escarlate deus-rubi não tenho traço
E do verde-encanto dos teus olhos fiz tercetos:
Um terço riso, um terço verde, um terço acerto

[Publicado no caderno Saber+, do Pernambuco, suplemento cultural do Diário Oficial do Estado de Pernambuco, nº 27, abril/2008.]

2 comentários:

Malthus de Queiroz disse...

Esse é muito massa, velho. Acertou em cheio! abraço, velho

Unknown disse...

P-E-R-F-E-I-T-O!
posso roubar?