domingo, 10 de fevereiro de 2008

Balada de Um Amor Desconhecido

Desde que te desconheci,
Vasculho as palavras por teu nome
Ou um adjetivo que te descreva
Nos meus versos e vícios vazios

Desde que te desconheci,
Tenho andado feliz e cantante
Nas canções que teu corpo etéreo
Cantarola sutilmente para mim

Desde que te desconheci,
Espelho tua face em cada rosto
E te reconheço, desconhecida,
Nas ondas de olhos marejados

Desde que te desconheci,
tenho muita pena dos solitários,
Que invejam minha solidão perfeita:
A ternura de teu amor desconhecido

[Ilustração: Thahy - http://thahy.stripgenerator.com/]

2 comentários:

Malthus de Queiroz disse...

A solidão é um diálogo mudo com a própria sombra.

Tempo Temporã disse...

A gente conhece e depois desconhece. Até entender que o conhecimento do outro é ilusório.